Produto Mínimo Viável na prática

Por Sandra Elisabeth

O MVP ou Produto Mínimo Viável é o produto inicial, desenvolvido pela empresa, com o objetivo de vender e obter feedback dos clientes. É muito mais que apenas um produto teste, uma pesquisa ou um protótipo; é algo que será vendido a um preço “X” ao cliente final.

Esta é uma etapa importante, pois é muito difícil o cliente conseguir imaginar o que vai ser o produto, se ele vai precisar disto um dia… e se ele vai querer pagar pelo produto. Geralmente as pessoas respondem positivamente um questionário, porque é apenas um questionário – não exige que ele no final faça uma aquisição, uma compra ou o download de um aplicativo.

Nós somos assim! Tendemos a fazer isso porque queremos agradar as pessoas, é natural do ser humano.

Pois bem, imaginemos que o produto mínimo viável seja um quadrado (trabalharei com um exemplo bem simples, para ficar muito claro as questões sobre atender o que o cliente precisa).

O empreendedor criou um modelo de negócios, estratégias iniciais de vendas e começou a vender os quadrados. Depois de 15 ou 20 dias vendendo os quadrados é importante que ele saiba o feedback dos clientes. É nesse momento, após o uso do produto pelo cliente, que devemos perguntar muito abertamente:

  1. Se ele usa o produto no dia a dia;
  2. Para que ele usa o produto, qual a função que deu a ele;
  3. Se ele indicaria a outras pessoas e porque;
  4. E quais as alterações que ele faria no produto para que ficasse melhor, mais usável.

Você pode ainda fazer outras perguntas, porém estas 4 são fundamentais. Com elas você pode fazer os ajustes necessários no produto e assim vender mais!

Até aqui, geralmente, os empreendedores “vão muito bem, obrigado!”. O problema está no depois do feedback do cliente. Nem sempre, ou quase nunca, o cliente é realmente ouvido!

Tenho visto acontecer mais ou menos assim: o cliente diz que gostou do produto, que usa com uma certa frequência, que indicaria para os amigos, mas se o produto fosse redondo ele com certeza usaria mais.

Daí, o empreendedor (que gosta de linhas retas e pensou todo o seu modelo de negócios em como as pessoas gostam de linhas retas) decide interpretar o que o cliente disse, ou seja, ele aproxima o que o cliente disse do que ele (empreendedor) imaginou que o cliente queria e arredonda as pontas do quadrado.

Como podemos ver nas imagens, um redondo é muito diferente de um quadrado com cantos arredondados.

Alguém vai dizer: mas nem sempre o cliente sabe o que ele realmente precisa!

Isso mesmo, nem sempre ele sabe o que precisa; por isso o empreendedor precisou criar o quadrado e vender para o cliente. Aí esperar o cliente usar o quadrado e questionar o cliente sobre o que ele achou do quadrado. Nessa hora o cliente não vai usar a imaginação para tentar entender o que é o produto e como usá-lo. Ele já comprou e já está usando e durante o uso ele percebeu que se talvez fosse redondo o produto faria mais sentido para ele – cliente.

É óbvio que se apenas uma pequena porcentagem sinalizar que preferia o produto redondo não há necessidade de fazer alterações, mas se esta for uma demanda da maioria… fique atento, as vezes é você que gosta do produto quadrado e não seus clientes.

O empreendedor pode até vender o produto quadrado com cantos arredondados, o que quase sempre acontece, mas a pergunta é: esse público é suficiente para dar escalabilidade ao negócio? É suficiente para pagar as contas da empresa? Vendendo o quadrado com cantos arredondados será possível ter um crescimento sustentável? Se a resposta for não para qualquer uma das perguntas significa que o empreendedor não vai chegar ao seu objetivo.

E talvez seja esta a diferença entre as startups de sucesso e as que não tiveram tanto sucesso assim. Ouvir o cliente, nunca tentar adivinha o que ele quis dizer. Na dúvida, pergunte de novo e de novo! Esse é o único caminho!

Reconnhecimento internacional do método de aceleração e pré-aceleração da Sýndreams Aceleradora

O método Lean Startup desenvolvido por Eric Ries e Steve Blank em 2012 para planejar uma startup, com o pensamento de reduzir custos e tempo no desenvolvimento de um novo produto utilizando-se de designer think e produto mínimo viável foi amplamente divulgado e utilizado por diversas aceleradoras no mundo todo, inclusive no Brasil.

Porém, fui mais longe e com base no lean startup e no bussines model Canvas desenvolvi um método próprio de planejamento, intitulado Planejamento Estratégico Lean.

Esta metodologia engloba além das ferramentas já mencionadas, outras como análise SWOT, 5W2H e planejamento financeiro para identificação de ponto de equilíbrio e valuation.

Este método foi desenvolvido em 2013 e em 2015 ele se transformou no livro “Transformando ideias em negócios lucrativos: aplicando a metodologia lean startup no Brasil”, já que nesta primeira versão o objetivo era “traduzir” um método 100% americano para algo 100% brasileiro.

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Startups x empreendedores x sucesso: como unir para conquistar?

Uma startup de sucesso é aquela que validou seu produto, serviço e modelo de negócios no mercado e está ganhando dinheiro com suas vendas!

É claro que para isto acontecer é necessário preparo e disciplina por parte dos empreendedores e planejamento por parte da startup.

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Como tirar uma ideia do papel e GARANTIR o sucesso da Startup?

Esta resposta vale um bilhão de dólares, mesmo porque GARANTIR algo não é tão simples assim!

E é pensando em responder esta questão e auxiliar no desenvolvimento e crescimento das Startups que a Sýndreams desenvolveu uma metodologia própria de aceleração e pré-aceleração baseada nos conceitos de lean, Six Sigma, lean startup, costumer development e designer think.

O método faz com que o empreendedor que tem apenas uma ideia consiga tirá-la do papel e tranformá-la em produto e serviço, comprovadamente, em menos de 3 meses, podendo validar a inovação em aproximadamente mais 3 meses.

Ressaltando que na metodologia desenvolvida pela Sýndreams Aceleradora validar uma ideia, projeto, produto e serviço significa vender; ter a aceitação do mercado com receita financeira!

O sucesso deste método com as Startups fez com que empresas procurassem a Sýndreams para auxiliá-las no desenvolverem produtos e serviços inovadores – rumo à Indústria 4.0.

Em breve, estes resultados serão apresentados internacionalmente no livro “Lean Six Sigma: Implementação de boas práticas”, que contará com um capítulo escrito por mim.

Todo o processo é feito individualmente, por Startup ou empresa, para conseguir orientar cada qual e auxiliá-lo no desenvolvimento do planejamento e estratégias do novo empreendimento.

O fato é que tirar uma ideia do papel é simples e não requer grandes investimentos. Na maioria das vezes é possível um MVP (Produto Mínimo Viável) com custo próximo a zero. Para tanto o empreendedor precisa se atentar para os seguintes passos:

Para quem deseja compreender mais a metodologia da Sýndreams Aceleradora, recomendamos a leitura dos livros de autoria minha e de Robisom Calado, publicado pela Editora Americana Global South:

  • Transformando ideias em negócios lucrativos: aplicando a metodologia Lean Startup;
  • Transforming ideas into profile: starting up in Brazil;
  • Planejamento estratégico lean