Os concorrentes e o planejamento estratégico

Por Sandra Elisabeth

Alguns autores afirmam que empresas que não se planejam terão concorrentes que farão isto por elas!

Isto significa duas coisas:

1ª Que empresas que não tem planejamento irão perder mercado para os concorrentes;

2ª Que quando o planejamento for elaborado é necessário estudar o que os concorrentes estão fazendo!

Eu prefiro a 2ª opção que é fazer o planejamento e entender o que os concorrentes estão fazendo.

Com as redes sociais e sites onde os clientes podem reclamar de empresas têm ficado mais fácil compreender o que os concorrentes estão fazendo e com os buscadores do Google é possível também verificar o quanto sua marca versus a do concorrente é buscada nas redes.

Tudo isto traz informações que auxiliam o empreendedor ou empresário tomar decisões mais efetivas e eficazes relacionadas aos produtos que serão produzidos, aos processos de vendas e também em como será o treinamento da equipe.

Lembrem-se que a análise de concorrentes está contemplada na Análise Swot, porém de nada adianta ter informações e não elaborar estratégias que o façam ganhar mais mercado.

Talvez ainda, as informações que você consiga possam lhe gerar insights de aproximação com o concorrente, elaborando algumas parcerias que podem aumentar as vendas.

Isto é muito comum quando se trata de pequenas empresas do agronegócios, que nas vendas locais são concorrentes e se unem para atender o mercado internacional, trabalhando como uma única empresa!

O mais importante é conhecer o concorrente e definir um planejamento que te ajude a crescer e ganhar mercado e que ao contrário do que se acreditava no século passado ter concorrentes é muito bom, pois oxigena o mercado e expande as possibilidade de inovações.

Áreas de planejamento da empresa

Por Sandra Elisabeth

O Planejamento Estratégico é um dos documentos mais importantes da empresa, já que consta o que e como a organização deverá fazer para atingir seus objetivos.

Porém, para facilitar o processo de implementação, alguns autores sugerem que o Planejamento Estratégico seja subdivido em áreas ou setores da empresa.

Cada empresa pode fazer esta definição como achar melhor, porém, para os que decidirem por esta maneira de se planejar é recomendado que tenham ao menos as seguintes subdivisões

1. Produção do produto ou serviço

2. Marketing e Vendas

3. Financeiro e Contábil

4. Recursos Humanos

Empresas maiores terão diversos departamentos e podem utilizar isto como subdivisão, mas as empresas pequenas, principalmente os MEI ou Startups iniciantes muitas vezes possuem um único colaborador ou até mesmo apenas os sócios realizam todas as atividades do negócio.

E nestes casos subdividir nestas quatro grandes áreas pode auxiliar e ser mais producente.

Recomendo para cada “subplano” o empreendedor ao menos responder aos pontos do 5W2H para fazê-lo o mais completo possível.

Finalizado, é necessário implementar e acompanhar, cada uma das subetapas do plano, para assim garantir que o proposto no Planejamento Estratégico Geral da Empresa se concretize.

A importância da definição do Portfólio

Por Sandra Elisabeth

O portfólio de uma empresa é um dos itens mais importantes a serem definidos no planejamento estratégico, afinal, a lucratividade de qualquer negócio vem da venda de seus produtos.

A decisão sobre o que será produzido de novo e o que será mantido do portfólio antigo é muito importante, pois conforme a inovação e a tecnologia avançam é necessário atualizar o produto ou retirá-lo do mercado.

A Matriz BCG auxilia bastante na classificação dos produtos existentes na empresa, porém ela apenas não basta para tomar as decisões, é necessário que o empreendedor se atente à:

1. Selecionar as áreas que estão no nascedouro ou em questionamento para decidir, a respeito de cada uma delas, se é o caso de se investir pesado, para que elas passem a ser estrelas em um futuro previsível, o mais rapidamente possível, ou, na impossibilidade, simplesmente descartá-lá;

2. Identificar as áreas que estão na situação de estrela para continuar reinvestindo nelas o que for necessário;

3. Identificar as áreas que estão na situação de vaca leiteira para cuidar muito bem delas e extrair o melhor resultado possível, durante o maior tempo possível, com investimento mínimo, apenas para sustentação;

4. Identificar as áreas que já se tornaram ou estão se tornando abacaxis ou cão de estimação, visando ao desinvestimento e à sua liquidação.

Com esta análise feita é o momento de partir para a ação e colocar o plano de portfólio em prática!

É muito importante ressaltar que é necessário manter peças de reposição e atendimento ao cliente para os produtos e serviços que serão descontinuados pela empresa , pelo menos durante o tempo que durar a garantia do último produto entregue ao cliente final, para evitar possíveis problemas entre clientes insatisfeitos e a empresa.

A definição de cenários no Planejamento Estratégico

Por Sandra Elisabeth

O ano de 2020 nos mostrou que o planejamento pode vir por água abaixo de uma hora para a outra! E o que fazer para se proteger de algo do tipo?!

A melhor opção é sempre trabalhar com cenários, ou seja, com o famoso “e se?”.

Cada negócio tem os seus próprios cenários, dependendo do mercado em que atua e do público alvo que atende.

Em relação à pandemia, por exemplo, é senso comum os empreendedores dizerem que não imaginam que tudo isto poderia acontecer, porém em outros países do mundo já se havia lookdown, fechamento do comércio, etc.

Pensando em cenários, já em dezembro/2019 e janeiro/2020 seria necessário desenvolver um plano estratégico “emergencial”, pensando no “e se” o Brasil fizer como países Europeus e fechar tudo, o que fazer?!

Se o negócio é um supermercado, aumentar os estoques, pois foi o que aconteceu ao redor do mundo no momento que os fechamentos foram anunciados; para os restaurantes, se preparar para a venda online, diminuir estoques e custos, já que ao redor do mundo se percebeu a diminuição nas vendas.

É difícil nos prepararmos para o pior, porém as empresas que melhor se saíram em 2020 desenharam cenários e se replanejaram de acordo com este.

Pensar em cenários, também nos ajuda nos momentos de bonanza, pois se pode preparar, por exemplo, para o aumento repentino de demanda, para uma queda do dólar, enfim, a ideia é sempre pensar no “e se”.

Não é necessário desenhar toda a estratégia, com planos de ação, etc., mas se faz necessário ter uma ideia do que se pode acontecer se algo muito positivo ou muito negativo acontecer durante o tempo.

Não temos desastres naturais frequentes no Brasil, por exemplo, mas em países que este fato é mais frequente as empresas precisam estar preparadas para “e se” acontecer?

Muitas vezes não será possível abranger todas as possibilidades, mas trabalhar apenas para apagar incêndios, ou seja, resolver quando o problema acontecer pode levar ao fim de uma startup muito mais rápido do que o imaginado.

Implementação das Estratégias

Por Sandra Elisabeth

Desenvolver as estratégias empresariais é algo comum nas empresas e a maior parte delas o faz ou atualiza anualmente.

Porém, já ouvimos muitas vezes algo do tipo “papel aceita tudo” ou ainda “no papel tudo fica bonito”.

Isto acontece porque muitas vezes o planejamento vira um grande documento filosófico com sonhos e desejos da empresa ao invés de um plano com o que e como deve ser feito.

É claro que existem diversas ferramentas que auxiliam neste processo de implementação, como 5W2H, Balance Scorecard, Plano de Ação, entre outras.

Independente da ferramenta que o empreendedor resolver utilizar, dois pontos são muito importantes aparecerem no planejamento estratégico: o que será feito e como será feito.

Eu costumo orientar os empreendedores a subdividirem o objetivo em várias pequenas metas que devem ser alcançadas semanalmente, (isso facilita inclusive o acompanhamento e o ajuste depois), logo abaixo da meta, escrever o que deverá ser feito: ligações, envio de e-mails, propagandas em redes sociais, construção de uma nova fábrica, compra de uma máquina, enfim, O Q U E?

Na sequencia é necessário descrever o “como” será feito, em um formato de passo a passo mesmo, deixando clara cada uma das etapas.

Por exemplo, se um dos objetivos semanais for aumentar o número de acessos do site da empresa, podemos ter o seguinte formulário:

Eu escolhi o exemplo acima propositalmente, pois, percebo que quando o “O QUE” se trata de contratação de terceiros algumas empresas não definem os passos a serem seguidos.

O problema é que muitas vezes, a empresa fica descontente com o terceiro contrato e o culpa pelo insucesso da ação! Quando na verdade o erro foi interno, pois a própria empresa não definiu ao certo o que e como era para ser feito.

Muitos de vocês podem sentir falta de outros itens, como prazos, valores, responsáveis, etc. e é claro que quanto mais informação e detalhamento tiver, melhor!

De qualquer maneira, o mínimo, para que um planejamento estratégico seja implementado é a definição destes pontos, por objetivo! Sempre, por objetivo! Caso contrário o plano se transformará em uma mera declaração de intensões.