Segue mais um artigo escrito por mim e pelo prof. Celso Carrer sobre Inovação no Brasil!

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Por Sandra Elisabeth e Celso Carrer

Em julho de 2019 foi publicado o Índice Global de Inovação (IGI), uma pesquisa publicada anualmente pela Universidade Cornell, pelo INSEAD e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), que tem como objetivo capturar as facetas multidimensionais da inovação e fornecer as ferramentas que podem ajudar na adaptação de políticas para promover o crescimento do produto a longo prazo, melhor produtividade e crescimento do emprego (GII, 2019).

O relatório de 2019 mostrou que o Brasil caiu 2 posições de 2018 para 2019, estando na 66ª posição e perdendo para países como Uruguai (62ª) e Chile (51ª). Esta posição do Brasil, significa que o Brasil recebeu uma nota de 33,82; o Uruguai 34,32 e o Chile 36,64 de uma possibilidade de 0-100. O primeiro colocado neste Ranking foi a Suíça com 67,24 pontos e uma nota de 67,24.

Mas porque o Brasil caiu duas posições em tão pouco tempo? Devido a piora na avaliação dos insumos para inovação, que são o conjunto de ferramentas disponíveis no país para o desenvolvimento da inovação, que de acordo com o Relatório de Índice Global de Inovação, trata-se de:

  1. Existência de uma relação positiva e estatisticamente significativa entre o tamanho da economia e o desempenho da inovação que indica essa escala e, portanto, um grande mercado que é capaz de sustentar as atividades de inovação com a demanda da inovação.
  2. Economias com uma cesta de exportação diversificada que se estende além de algumas commodities são mais inovadoras.

Porém, nem tudo está perdido, o Brasil tem avançado nos resultados da inovação, saindo da posição 70º para a 67º, significando que melhorou a qualidade da inovação, medido por qualidade das universidades locais, internacionalização das invenções e qualidade de publicações científicas.

Perceba que a inovação perpassa pelo sistema educacional e de pesquisa acadêmica, o qual precisa ser reconhecido e buscado pelas empresas e startups para ampliar os resultados de desenvolvimento de produtos e serviços inovadores.

No atual momento econômico e histórico que vivemos inovar passa a ser decisivo para o crescimento e desenvolvimento de um país, empresa ou startup; e para o Brasil não é diferente.

Após uma leitura atenta ao Índice Global de Desenvolvimento fica claro que diferente do que o senso comum pode pensar, mudar o cenário de inovação do Brasil não é uma tarefa apenas das empresas, mas também das políticas públicas, que podem impulsioná-las investindo em educação, pesquisa e desenvolvimento.

REFERÊNCIAS

Cornell University, INSEAD, and WIPO. The Global Innovation Index 2019: Creating Healthy Lives—The Future of Medical Innovation. Ithaca, Fontainebleau, and Geneva, 2019. Disponível em https://www.wipo.int/edocs/pubdocs/en/wipo_pub_gii_2019.pdf. Acesso em 24 ago 2019.

GII. History Of The Global Innovation Index. Global Innovation Index. Disponível em https://www.globalinnovationindex.org/about-gii#history. Acesso em 24 ago. 2019

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