Kotler, em seu livro “A bíblia da inovação” afirma que durante anos, a inovação foi sinônimo de inovação tecnológica, assim envolvendo principalmente o departamento de P&D e, sobre tudo, os engenheiros. Hoje sabemos que esta é uma visão extremamente limitada sobre inovação e quais são suas fontes.
8º Acelera Startup FIESP – Etapa Americana
Gostaria de agradecer o convite da Equipe do NJE – Núcleo Jovem Empreendedor – do CIESP de Americana e do CAF – Comitê dos Jovens Empreendedores para participar como mentora do 8ª Acelera Startup FIESP – Etapa Americana, que aconteceu nos dias 18 e 19 de março.
Foram 2 dias incríveis. Tive a oportunidade de conhecer muitos empreendedores e suas ideias inovadoras. Parabéns a todos os organizadores deste magnífico evento.
Em agradecimento por esta oportunidade, presenteei o NJE – CIESP Americana – na pessoa de seu diretor o Sr. Oswaldo Nogueira – com um exemplar do meu livro “Transformando Ideias em negócios lucrativos: aplicando a metodologia lean startup”.
Você é mesmo um empreendedor?!
Semanalmente recebemos na Sýndreams Aceleradora de 10 a 15 solicitações para acelerar startups. Muitos negócios são efetivamente muito bons, iniciam o processo de aceleração e … param!
Muitas destas “paradas” acontecem porque o empreendedor recebeu a proposta irrecusável de trabalhar registrado em uma grande empresa, com benefícios, plano de saúde, etc.
O que isso tem de errado? Nada! Cada um faz a sua escolha… Aquilo que mais lhe agrada e lhe faz feliz!
A pergunta correta seria: esta pessoa é empreendedora?
Criando na crise: inovação em negócios
Frequentemente ouvimos falar sobre INOVAÇÃO. Cada um de nós tem a sua própria visão e o seu próprio conceito sobre este assunto!
Uns irão dizer que a Apple, o Google é que são empresas inovadoras, porque vivem criando produtos e serviços novos, como o Iphone ou o Google Glass. Não estão errados, pois são empresas que investem em Inovação Radical, ou seja, quebram os paradigmas dos produtos já existentes.
Outros vão dizer que inovação mesmo, faz as empresas que mudaram seus processos de negócios e investiram em máquinas e equipamentos mais modernos. Também estão certos, são as empresas que inovam em seu modelo de negócio, ou seja, passam a fabricar seus produtos (que continuam os mesmos) de forma diferente e inovadora.
Há ainda as empresas que apenas melhoram seus produtos já existentes, ou seja, realizam as inovações incrementais; que são mais fáceis e relativamente baratas de se fazer!
Tudo isto é sim inovação!
Porém, faltou um personagem importantíssimo em tudo isso: O CLIENTE! Sim, o cliente interfere diretamente no processo de inovação das empresas. É ele quem dirá que tipo de inovação sua empresa deve fazer, quando ela deve fazer e o que efetivamente se espera desta inovação.
A justificativa para isto é muito simples: é o cliente que compra e paga por seu produto! Logo se você desenvolver, criar ou inovar em algo que não agrega nada para seu cliente, você só jogou dinheiro fora!
De patentes e invenções o Brasil está cheio; porém quantos deles efetivamente ganham dinheiro com o que criaram?
E não se engane, não é a quantia de dinheiro que você tem em caixa que irá lhe mostrar com certeza o que vai dar certo. Um exemplo disto é o Pneu Luminoso criado pela Goodyear em 1961. Alguém aí já viu um pneu destes rodando?!
Para não criar um “pneu luminoso” é necessário ouvir o que o cliente PRECISA e saber QUANTO ele estará disposto a pagar.
É; novamente estamos discutindo o que o CLIENTE PRECISA x o que O CLIENTE QUER! Já dei este exemplo em outros momentos, porém ele exemplifica bem esta diferença: “Ford dizia que se ele tivesse perguntado o que os clientes QUERIAM eles diriam um ‘cavalo mais rápido’ e nunca diriam um carro”! Neste exemplo os clientes QUEREM um cavalo mais rápido; porém PRECISAM se locomover mais rápido!
Sendo assim, não podemos ficar imaginando o que os clientes esperam de novidade e sair fazendo! O melhor é ter certeza do que eles precisam. Uma boa forma de se descobrir isto é usando a ferramenta Lean Startup.
Com ela é possível construir um produto mínimo viável e medir o feedback dos clientes. Após a confirmação destes, aí sim, investir e desenvolver coisas novas – que serão na medida do esperado por quem vai pagar a conta: SEU CLIENTE!